Um dos quarteirões da parte nova da cidade foi dividido em duas casas distintas, residências de qualidade, ainda que de menor dimensão que outras conhecidas na cidade. Ambas as residências têm peristilo central ocupado por um tanque ajardinado, mas para além desta característica comum as casas são muito diferentes, o que deve corresponder a uma história da sua construção também diferente. A Casa da cruz suástica corresponde a uma remodelação de um edifício já existente, de que sobreviveram alguns muros (parcialmente talhados na rocha) na zona destruída pela muralha baixo-imperial (toda a casa foi então demolida). Talvez por ser produto de várias épocas o plano da casa é irregular e, por falta de espaço, o triclínio foi colocado com um dos lados sobre o peristilo, e não axialmente como era de regra. Os compartimentos decorados com mosaicos junto à muralha terão servido de quartos de dormir. Os mosaicos, datáveis na segunda metade do século III depois de Cristo, são de grande efeito cromático e utilizam abundantemente a cruz suástica — para os romanos um símbolo solar de boa sorte — que dá o nome à casa.
Conimbriga visualization test in the 19th century. II D.C. ©Jean-Claude Golvin